1.12.08

Novembro: O Mês das Bad Beats!

















Nunca tive um mês tão recheado de bad beats como este. É estonteante a maneira como na internet e ao vivo consigo ler o meu adversário, e subitamente ele ganha a mão com os seus 3%. É duro acartar com este tipo de sentimento constrangedor, principalmente sabendo que fizemos uma excelente jogada e que o adversário ganhou simplesmente... porque teve sorte. A minha mais recente experiência surpreende, e não é aconcelhável a pessoas impressionáveis: Tinha na minha mão A-7 de ouros, e no flop saiu 4-3-7 e eu estava sozinho com um adversário que já conhecia muito bem. Estava em boa posição, e mal ele fez check soube que tinha pelo menos um par, mas baixo. Queria dobrar a stack, e tendo o A como kicker não tive problemas em ir all-in. Ele fez o call, dizendo "Vais-te rir disto." A minha leitura para além de estar correcta, foi precisa. Ele fez um call com par de ternos (vá-se lá saber porquê). Resultado, no turn sai o terceiro terno que lhe deu o trio para vencer a mão. Desolado observei as minhas fichas a irem para a stack de um jogador que jogou mal, teve sorte e ficou a dominar toda a mesa.
Enganão-se aqueles que dizem que este tipo de coisas passa. Todo o mês inteiro foi assim, o que prova que estas fases de bad beats são tudo menos curtas... 
Tenho então pensado numa maneira de ultrapassar estas bad beats, de me conformar com elas. Então, encontrei um artigo bastante interessante na PT.PokerNews em que a Dissonância Cognitiva é utilizada nestes casos em que um jogador sofre bad beats (link no fim deste artigo). Essencialmente, esse artigo explica que quem sofre uma bad beat e mentaliza-se de que o adversário é um donkey e que ele apenas teve sorte, fica a perder. É verdade que as bad beats são momentos que doem, mas podem ser utilizadas para melhorar o nosso jogo ao bom som do provérbio "O que não nos mata torna-nos mais fortes." Este método recorre á dissonância cognitiva, e exige uma reflexão pessoal e honesta sobre como a mão foi jogada. "Será que deveria ter comprometido assim tantas fichas?", "De que maneira eu poderia ter jogado para evitar este acontecimento?". Isto são apenas exemplos de perguntas que poderemos colocar-nos a nós mesmos, de maneira a aprendermos (neste caso) com os erros dos outros. É mais do que certo que uma bad beat doi bastante, mas isso não é motivo para não a utilizarmos contra o adversário.

1 comentário:

Anónimo disse...

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