26.8.08

O Poder do All-In

Mais uma vez repito o que disse em posts anteriores: nao sou nenhum profissional de poker, nem nada que se pareça. Sou apenas uma pessoa apaixonada por este jogo, que gosta de falar acerca de pormenores que o envolvem. O tópico deste post é acerca dos all-ins, mais concretamente em finais.
É assim... numa situaçao como uma final em que dois jogadores se defrontam, é muito fácil ir-se all-in com cartas mistas. Isto porque as maos ganham valor acrescido numa situaçao de
1 para 1. Agora, por experiencia propria o concelho que pretendo deixar e este: nao acompanhe o all-in do adversário a menos que tenha um par premium na mao. E verdade que ele estara, muitas vezes, a fazer bluff. Mas mesmo assim, entregue as cegas juntamente com as cartas. 
Porque? Nunca se aposta toda a stack sem nada na mao, e no minimo o seu adversario esta num flush ou straigh draw, possivelmente open ended. Muitas pessoas, inclusive eu próprio, caiem neste erro comum. Pensam que o adversário se encontra desesperado, e que nao tem grande mao.

 Numa situaçao de 1 para 1, a agressividade é fundamental... com moderaçao. Tem de ser voçe a impor as regras, nao o contrario. E se o seu adversario vai all-in, e ele que esta a tentar impor uma regra. Atire fora as cartas imediatamente. Se alguem tem de acompanhar um all-in, e ele. Assim esta a fazer o seu adversario jogar segundo as suas regras, e essa e a melhor maneira de o dominar.

15.8.08

Factor Sorte: O Derradeiro Impulsor de Tilt


Não sei que tipo de poker os meus caros leitores praticam. No entanto, o momento tilt não pára de me chatear nas alturas mais inapropriadas. Se joga No Limit Texas Hold'em, como eu, conhece muito bem este termo: tilt. Para as pessoas que não conhecem o termo, tilt é um mau estado de espirito que faz com que o jogador nem sempre pense com clareza, e que muitas vezes faça apostas que não devem ser feitas. 
O tilt pode ser apanhado com facilidade. Basta uma série de más apostas, ou o facto de parecer impossível ter uma boa mão inicial. Tudo isto baralha as emoções do jogador, e fá-lo entrar em fúria interior causando o tilt. 
Repare que ao falar das várias situações em que se poderia obter tilt, referi más apostas e uma péssima qualidade de mãos iniciais. Mas omiti outro factor... a sorte. As chamadas bad beats. 
É engraçado... Aprendi a suportar o tilt em todas as outras situações menos nesta. A sorte. Já dizia Phil Helmuth, "Se a sorte não fizesse parte do poker, eu ganhava todos os jogos!". 



A sorte está em toda a parte da nossa vida e claro, o poker não é excepção. E doi bastante em situações de all-in inacreditáveis... poderei dar um exemplo de um jogo recente que fiz. Estava na final contra outro jogador, e a mão desenrolou-se da seguinte maneira:

[Small Blind] Jogador X - AO 7C
[Big Blind]    André - KO KC

Jogador X: All-In
André: Call

Flop: 10P 8C JE
Turn: 2O
River: 9E

Vencedor: Sequência do Jogador X, 7C 8C 9E 10P JE

Nesta situação em que eu teria ganho o jogo por jogar bem, acabei por perder toda a minha stack e consequentemente o jogo. É uma mão devastadora, em que o jogador adversário apenas teve sorte contra uma mão monstruosa como um par de reis. Neste caso, era preferível que lhe tivesse saído o ás...
Como conclusão, penso que a sorte é um factor do poker e é necessário aceitá-la como tal. Por mais forte que tenha sido a nossa bad beat. É preciso ignorá-la, e continuar o jogo com a nossa stack (seja ela qual fôr) e tentar vencer o jogo. Se fôr bom jogador e acreditar em si, saberá que esta é a decisão mais sensata.