30.12.10

Análise: Vídeo SNG Vip The Special One [Educa Poker]

Em primeiro lugar, gostaria de demonstrar todo o meu apreço e apoio à iniciativa Educa Poker. Pelo que percebi, é a nova face da antiga Escola de Poker - que continha uns vídeos soberbos de sits do João Barbosa - e que se mudou da Everest para a Pokerstars. Se não fosse o escasso tempo actual disponível, seria certamente aluno assíduo desta "nova" escola. Recentemente foi lançado um vídeo de um SnG especial, onde participaram os Team Pokerstars Pros Henrique Pinho e Nuno Coelho, assim como outros jogadores de renome portugueses como João Barbosa, David Abreu (Esmone) ou Catarina Santos. Os comentários do vídeo ficaram a cargo do próprio David Abreu que em conjunto com Luís Reis analisava os sits enquanto jogava.
Reconheço o talento e raciocínio lógico de Esmone no poker, no entanto existiram certas falhas que - propositadas ou não - não são boas para quem está a começar a jogar sits de uma forma séria e regular. A primeira foca-se, como é óbvio, de aquele ser um SnG especial onde todos - ou talvez a maior parte - dos jogadores se conhecem bem. Daí existirem jogadas específicas que apenas se aplicam naquele caso em particular. Ora, num SnG dito normal não se conhece ninguém da mesa - em príncipio - o que torna dificil, por exemplo, dar 3 bet-shoves com 88 ou 99 ao SB no botão. Esmone chama a atenção no vídeo para este facto, e fá-lo muito bem. A segunda prende-se com um comentário de Esmone a uma jogada do "Special One" TMFS11 em que este dá raise de 3 BB's no botão e Esmone na SB opta por dar shove all-in com pokect middle pair - caso a memória não me falhe. TMFS11 dá fold após segundos de raciocínio, e Esmone refere que se ele quisesse dar raise com intenção de foldar teria de ter raisado 2.5 BB's e não 3. Ora com todo o respeito já prestado acima, é aqui que eu acho que está o erro. Nunca se devem alterar apostas destas consoante as nossas mãos, pois isso torna o nosso jogo explorável. O mais correcto será raisar sempre a mesma quantia, seja ela 2.5, 3 ou 3,5 blinds. Deception é um conceito fundamental, quer estejamos a jogar sits, mtt's ou cash games. Assim como não concordo - e isto nada tem haver com a aula do Esmone - com o min-raise a não ser quando as blinds já atingiram um nível astronómico e um raise standart já representa uma boa percentagem da nossa stack. Vamos ser sinceros, é uma má jogada: estamos a permitir que os outros jogadores vejam um flop barato e praticamente estamos a convidar as blinds a juntarem-se à festa, e muita EV é perdida a fazer coisas desse tipo.
O terceiro e último reparo que tenho a fazer é relativo ao conceito de ROI. Quando Esmone e Luís Reis num fabuloso diálogo acerca de psicologia no poker falam acerca da variância incrível que existe nos SnG, Esmone diz: "Dou um exemplo de um dia que estava a fazer umas sessões de SnG's - estava a jogar 30 ao mesmo tempo - e na primeira sessão fiz um ITM e na sessão a seguir em 30 tive um ROI de 110%." O conceito de ROI está aqui muito mal representado. ROI significa Return on Investment é um conceito que pretende avaliar o lucro tirado dos SnG's pondo a variância de parte. É considerada a melhor maneira de vermos se realmente somos bons jogadores ou não, e calcula-se dividindo o lucro puro (lucro total - total buy-ins / Custo total). Mas acontece que este conceito apenas funciona com amostras enormes e não com uma amostra tão curta como a de 30 SnG's. O mínimo é considerado por muitos autores como sendo 1000 SnG. Aí sim, ao fim desses 1000 SnG calcula-se o ROI (que é dado gratuitamente em sites como o sharkscope ou topshark). E agora perguntam vocês: muito bem, mas como sei se o meu ROI é bom ou mau? Um bom jogador de sits procura um ROI entre os 9%/11%. Podem ver agora o estranho que é ter um ROI de 110%? Como é óbvio, Esmone referia-se apenas a essa sessão de sits e acabou por passar uma mensagem muito errada de como utilizar o ROI. Como pode isto ser grave? Muitos iniciantes podem jogar 30 Sits e a coisa corre bem, vêem um ROI astronómico e acham-se os melhores do mundo quando na verdade não o são. Para vos dar um exemplo, o André Coimbra - acho que todos concordamos quando digo que ele é um dos melhores jogadores on-line portugueses - tem actualmente um ROI de 2% (via sharkscope).

No entanto, re-afirmo mais uma vez que os professores são excelentes e aula recomenda-se sem dúvida. Estou certo de que os próximos vídeos irão ser mais cuidados no que toca a estes enganos, e continuarei a seguir sem dúvida toda a iniciativa - à qual, aproveito desde já, para dar todos os meus parabéns a todos os envolvidos.

VER VÍDEO:
- PARTE 1 -
- PARTE 2 -
- PARTE 3 -

Cumprimentos,
André Leitão

Update

Calorosos cumprimentos pokerianos!

Bom, este update irá ser curtinho, pois nao tenho tido muito tempo para escrever com as festas e os exames universitários que  estão aí à porta. Tenho jogado regularmente os meus sits, apesar de ainda não serem das stakes pretendidas. As minha stats e rankings estão praticamente inalteráveis.



Ultimamente tenho jogado com o particular objectivo; o de encomendar pela FullTiltStore uma camisa que custa 8600 FTP's. Com a ajuda da academia, consegui fazer 5 mil pontos lá e transferi-los como FTP's e entao estou neste momento com 7800... falta grindar mais um bocadinho.



De resto, as únicas alterações que fiz no meu jogo foi começar a fazer 3 sessões de multi-tabling nas happy hours de 6 mesas: assim os pontos ganham-se mais rápido e mete-se volume na coisa. Outra alteração tem haver com o range de mãos, deixei de dar raise em midle position com AJ nas fases iniciais dos sits: acho que pós flop me estava a correr bem, mas cheguei à conclusão que na long run essa jogada seja EV-. A jogada correcta, numa situação normal, será o fold - visto que o limp é totalmente ridiculo e está fora de questão.



Espero que as coisas vos estejam a correr como esperam, boas entradas para 2011 e que este próximo ano traga ainda mais alegria ao Poker português (eu sei que parece ridículo dizer isto tendo em vista a situação actual da legalização do jogo, mas bolas, temos de ser positivos).

Cumprimentos,
André Leitão

2.12.10

Prestes a Regressar

Estou ausente do poker desde Setembro, o que é normal. Ao longo de todos estes anos, a chegada de Setembro significa explicitamente "férias do poker". Acho que é essencial ter este tipo de férias, no entanto é algo espontâneo que ocorre sempre na mesma altura. Eu não planeio fazer uma pausa no meu jogo em Setembro, simplesmente é sempre assim que acontece. A única explicação pausível que vejo é que todo o Verão é uma overdose enorme de poker, respiro poker 24 horas por dia. Portanto é natural que em Setembro desligue totalmente para recuperar energias. Conto voltar a jogar regularmente em Janeiro, ou se tudo correr bem ainda este Natal. A minha banca foi gasta em prendas, regalias e necessidades - não me arrependo disso.

Fazendo agora uma avaliação do que aconteceu no verão a nível pokerístico, julgo que foi bastante - mas muito bastante - positivo. A partir de uma modesta quantia de $22 cheguei a uma banca de $330 jogando apenas Sit n Go's. Foi uma novidade para mim: nunca tinha jogado com uma banca tão grande, nunca tinha ganho tanto e pela primeira vez abandonei as micro stakes - nível em que simplesmente nunca mais irei jogar.

Apenas escrevo para mostrar que estou vivo e de saúde, e que nunca deixarei de jogar este jogo maravilhoso. Cumprimentos a todos os jogadores de poker, boa sorte nas mesas!

André Leitão

13.9.10

Em Queda Livre


Boas noites, caros amigos jogadores. Bem, este update no meu blog não é nada positivo... mas também não sou daqueles que só mostra as coisas boas deste jogo. A variância bateu-me à porta à uns dias, não lha abri e decidiu entrar pela janela. Está cá em casa à cerca de 4 dias, e não me deixa fazer nada de jeito. Perco com AA, KK, QQ, perco corridas, perco 60-40's, perco draws, não acerto flops e levo suckouts enormes. Têm sido assim os meus últimos 4 dias, do pior que existe. No entanto ela anda a dizer que está de saída para a casa do Pokerov, diz que ele anda a varrer demais e que já é altura de acabar a brincadeira :p

Brincadeiras à parte, o que me tem salvo é ganhar uns trocos no rush poker e o bónus de $100 que recebi pela FullTilt à uns dias e ando a desbloquear. Portanto, feitas as contas no final o que seria um prejuízo de $110 acabou por ser apenas de $50. No entanto a queda foi mesmo livre, espero que o páraquedas abra antes de eu tocar no chão.

por André Leitão

5.9.10

Mas afinal, o que significa ser Profissional?

Hoje em dia, os profissionais de poker enfrentam os mesmos dilemas que um jogador de futebol, actor ou músico famoso. Com a entrada do poker televisivo, da expansão das salas de poker on-line e com a vitória de Chris Moneymaker nas WSOP de 2003 o poker expandiu-se por todo o globo levando a todos o grande sonho de serem jogadores vencedores. De repente, o Rio viu a sua folha de inscrições encher astronómicamente com a participação de jovens de óculos de sol, inspirados por a vitória de Moneymaker e pela cena final de Rounders - A Vida é um Jogo. E num abrir e fechar de olhos, o que era fácil para alguns tornou-se dificil - e o que era dificil para outros tornou-se fácil. Uma reviravolta que em nada afecta quem lê isto, somos jogadores de poker e estamos habituados a reviravoltas ou não?

Mas o que faz de alguém ser profissional neste jogo? Teremos bem assente esta definição? Por definição do senso-comum, o profissional é aquele que faz algo que poucas pessoas conseguem fazer: é um priveligiado. Tem um dom em algo específico que usa para seu benefício, tendo assim vantagem sobre outros. E isto aplica-se fora do poker. Peguemos no caso do Mourinho por exemplo: um verdadeiro profissional. No entanto, todos sabemos que esta definição é incoerente ou, digamos, incompleta tendo em vista o modo como é empregue e utilizada por nós e pelos media.

Passemos para o poker: quantos profissionais conhecemos - e de salas grandes - que têm a conta negativa, que mostram incoerências no seu jogo, que mostram perdas abismais? É que parece que ultimamente, a missão dos media é simplificar este jogo - passando a imagem de que é algo simples, e "dinheiro garantido" - e à profissionais que levam isto à letra. Variância à parte, que todos já sabemos como isso funciona: mas então um profissional não tem de mostrar resultados positivos? Não tem essa obrigação, para se superar a si e provar que merece tal distinção perante os outros? Pegando novamente no caso de um treinador de futebol de alto nível - se ele em meia época perder todos os jogos... é despedido como todos os outros. É profissional, está a receber por o ser e se não mostra resultados... perde a distinção. Isto não acontece no mundo do poker profissional. Porquê? Porque neste mundo a imagem vale mais do que o dinheiro. Chris Moneymaker transformou $39 em milhões, ganhou contrato com a PokerStars e tornou-se jogador profissional. E depois disso, como está o seu palmarés? 0. Ora, estamos em 2011 ele ganhou a "lotaria" em 2003 e é só fazer as contas. Viaja "gratuitamente" para as Bahamas para jogar o PCA, joga todos os anos o Main Event das WSOP e roda todos os LAPT. Gus Hansen está a perder $2.300.000 desde o inicio deste ano, é a variância que tem culpa aqui? Não me parece.
Focando-nos mais em termos de imagem, Phil Helmuth por exemplo - que é patrocinado pela Unibet - é chamado aos programas de cash game não pelo seu jogo, mas sim pelas suas "explosões" quando a mão não resulta a seu favor, ou quando algum jogador segundo a sua concepção não fez a melhor jogada. Em todos estes programas (Poker After Dark, The Big Game, High Stakes Poker, etc) Helmuth sai sempre com ganhos negativos ou mínimos - ele próprio reconhece que o cash game não é a sua melhor vertente. No entanto, na vertente de torneios ninguém pode questionar a sua profissionalidade: as 11 braceletes ganhas nas WSOP são provas disso. O que eu quero salientar no exemplo do Phil, é que apesar de ele não ser um bom jogador de cash é o primeiro na lista "Jogador a serem chamados para o programa de segunda".
Estes são casos de pessoas que jogam poker em limites altíssimos, e são considerados profissionais naquilo que fazem. Mas muitos deles, não apresentam resultados dignos de tal distinção - corrompendo assim a pura definição de "profissional". Como sempre, existem excepções - como o caso de Phil Ivey e de muitos outros - mas deixemo-los de parte, e concentremo-nos neste problema especifico.
Para mim, alguém que jogue em limites médios e que tenha uma boa média de $+ por mês é um profissional de poker. E para vocês? Capacidade versus Imagem, qual escolhem? O que é para vocês um profissional de poker? Dando previamente a minha opinião, deixo aberto o debate.

por André Leitão

4.9.10

Downswing horrível recuperada





Sofri à cerca de 3 dias uma downswing horrível, perdi cerca de 12 sits seguidos o que resultou num prejuízo de cerca de $60.5. Não há muito a dizer, sempre que tinha jogo alguém tinha melhor e levei bastante pancada em flips e situações em que estava a dominar. A exemplo aqui fica uma bastante divertida (para vocês, não para mim) em que eu tenho KQ raiso pré-flop - não vou mencionar stacks, bets e afins porque o que quero contar mesmo é a mão - e um individuo que pensa saber jogar poker faz call. No flop vem QJJ, eu faço cbet de 1/2 do pot (o meu standart de cbet) e ele dá call. Turn: J. Eu com fullhouse dou all-in e ele dá call. Tinha o J, dizem vocês espantados. Não! Quem me dera que ele tivesse o J, fazia poker e até era uma mão bonita. Tinha AT off, sem nada! E agora dizem vocês: então boa, ganhaste a mão André! Ao que eu respondo: não. E o que vocês perguntam logo? Bateu-lhe o A no river e fez full mais alto, que azar. Não! Quem me dera que tivesse sido isso, era uma bad beat mas não tão dolorosa como a que aconteceu. O que aconteceu foi pior! E vocês com ar intrigado perguntam: deixa-te de tretas e conta o que aconteceu. Tudo bem, o river traz outro J fazendo poker de J na board e ele venceu o all-in com o A kicker... so sick.

Mas pronto, entre badbeats e river marados lá consegui trepar novamente até aos $300, $304 para ser mais exacto. Irei postando novidades acerca de como está a correr a evolução da minha banca e do meu jogo.

PS: Treino de push/fold na buble no SnG Wizzard = muito bons resultados :)

Cumprimentos,
André Leitão

30.8.10

E Cheguei aos 300






Como já tinha dito em posts anteriores, começei a jogar os Sits de $5,50 e até agora tem sido bastante positivo. O acréscimo foi de cerca de $200 de lucro ganho em 4 dias, um valor bastante simpático tendo em conta a minha banca inicial na FullTilt de $10. Quanto aos sits, acho-os bastante rentáveis: o skill dos jogadores não é muito forte - estou a explorar isto ao máximo. Continuo, no entanto, a achar que tenho bastantes problemas nos Heads Up. Estou já a estudar essa situação especifíca e a treinar as situações push/fold no SnG Wizzard para maximizar os ganhos porque hoje fiz 6 ou 7 segundos lugares o que não é nada normal. De certeza que sou eu que os estou a jogar mal, vamos ver se com este estudo extra as coisas começam a correr no melhor sentido.
Outro ponto positivo é que já não sinto pressão em relação ao rake. Como não tenho nenhum negócio de rakeback, quando jogava os sits de $2,25 sentia uma enorme influência do rake na minha banca. Mas agora com a subida para as low stakes, o buy-in já tem maior relevância em relação ao rake e então isso deixou de ser uma preocupação.

Quanto a artigos irei tentar postar alguma coisa esta semana, possivelmente relativo aos SnG's.

Cumprimentos,
André Leitão

29.8.10

Uh? O que disseste Lon McEachern?

Bem, qual não foi o meu espanto ao ver o episódio 8 das WSOP 2010 quando Lon McEachern se refere ao jogador Mihail Salim como um "jogador profissional de Lisboa, Portugal". Ora vejam o minuto 5:50 do vídeo abaixo.


25.8.10

Desafio dos $10 aos $100 Completo




Com a ajuda da vitória no Knockout de $3 + $0,30, consegui superar o desafio a que me sujeitei à umas semanas atrás. Já saí das microstakes, e agora estou a jogar os SnG de $5,50. Sinceramente, acho o nível do field praticamente o mesmo; mas confesso que o jogo é muito mais tight e sólido. Enquanto que nos de $2,25 nas primeiras mãos eram logo 2 jogadores eliminados, nos de $5,50 as cegas já estão a 50/100 e está praticamente toda a mesa em jogo. Ora, isto envolve ter mãos e ficar com uma stack confortável ou... entrar em all-in mode com 10 BB's ou menos. Na minha opinião é isso que dá tanta variância aos sits, e parece que quanto mais subir de limites mais essa situação tem de estar bem dominada. Ontem senti que apesar de fazer alguns ITM's, não tinha abordado correctamente a situação push-fold. Por isso irei dedicar cerca de 1 hora por dia a treino de situações push-fold no SnG Wizzard, e mais meia-hora para rever as fases finais de todos os torneios jogados. Para já tem corrido tudo bem, como podem ver o gráfico estou up $167 e espero continuar assim até aos $550/$600 para começar a atacar os SnG de $11 + $1.

Por agora é tudo, cumprimentos e boa sorte nas mesas
André Leitão

23.8.10

1º Lugar no Knockout da FTP

Foram $72 mais $1,5 de bountys - $73,5 (58€) arrecadados no Knockout da FTP de 90 jogadores com $3 + $0,30 de buy-in. Já tinha tentado várias vezes este torneio, muito devido ao seu buy-in reduzido (que facilmente é devolvido com as bountys) e o seu pagamento enorme. Até hoje apenas tinha conseguido 2 ITM's, mas desta vez foi em grande. Sinceramente, estava running good. Eu jogo num estilo muito conservador-agressivo, e tive a sorte de nas vezes em que fui a jogo ou conseguia dobrar ou roubava o pot em semi-bluff. Correu-me tudo bem, e a mão crucial foi mesmo a do Doyle! Um T2 de espadas dobrou-me para as 100 mil fichas: eu estava na BB e ninguém tinha raisado, fui ver um flop que trouxe T-A-2. O villain com A6 (enfim, estamos num MTT) deu raise, eu re-raise e ele re-raise-all-in com insta-call meu. Eu fiquei bastante surpreendido com o seu all-in, isto porque nessa altura restavam 13 jogadores no torneio e ele tinha as mesmas fichas que eu. Não percebo porque arriscou assim tanto com uma mão marginal, mas pronto: ainda bem. A partir daí foi gerir até chegar à final table, pelo caminho eliminei dois jogadores.
Cheguei à final table muito confortável como chip leader - a final table foi gravada, e está em baixo do post para quem tiver a curiosidade de ver como foi. Sinceramente, a partir do momento em que cheguei à FT encarei aquilo como um SnG daqueles que - como vocês sabem - sou regular assíduo. Portanto, joguei tight inicialmente aproveitando a minha monstruosa stack para eliminar shorts com mãos de força moderada. O caminho foi feito até chegar a heads-up onde enfrentei um adversário que se mostrava bastante agressivo. Muitas das mãos não as joguei da melhor maneira, mas este era o meu momento: e não achei necessário nessas alturas estar ali a arriscar fichas com Cbets. Prefiro shovar pré-flop do que cometer uma burrice dessas contra um adversário tão agressivo. Portanto a minha estratégia foi simplesmente utilizar a minha stack enorme para dar call aos seus raises (que devido à sua agressividade eu sabia que ele não poderia foldar) com mãos medíocres e tentar atingir um flop. Enquanto isso, roubava uns pots once in a while para me manter a flutuar. A estratégia resultou bastante bem, houve uma fase em que eu estava a ver as fichas a inverterem muito rápido mas consegui controlar a situação e manter a estratégia do complete-call pré-flop a funcionar. A mão acabou com um T9 meu com raise do villain, eu call e flop de 93T dois paus. Acabou em all-in, com o villain a mostrar straight draw fechada que (felizmente) não se chegou a completar.

No geral penso que joguei bom poker, os resultados finalmente chegaram e este é apenas um pequeno passo no avanço do meu jogo on-line.




15.8.10

Reconhecem esta cara?

Claro que sim, quem é capaz de se esquecer? Podem não saber o seu nome real - já agora é Mads Mikkelsen - mas de certeza que o conhecem como Le Chiffre - o mauzão do primeiro filme de 007 com Daniel Craig como protagonista: Casino Royale. Ao que parece Mads já conhecia muito bem o mundo do poker, pois a maior parte dos actores não conhecia/praticava a modalidade antes de rodar o filme - tiveram aulas de poker dadas por Daniel Andreas, um dealer profissional que também aparece no filme representando o dealer do grande e decisivo torneio final. Esta foto de Mads é referente a um EPT de 2007, onde aparece com o patch da PokerStars! Chap chap, Le Chiffre!

4.8.10

Crítica: O Mau Comportamento nas Mesas

Toda a gente fala em fair-play, aliás, recordo-me que há uns tempos atrás até era moda: crianças entravam nos jogos com bandeiras enormes a dizer fair-play, em certas jogadas os jogadores devolviam a bola ao adversário e por aí adiante. O fair-play (jogo justo, ou jogo limpo em tradução livre) é uma componente que todos acham ser essencial no desporto, mas que raramente marca a sua presença: esta é a verdade, todos o sabemos. E é pena, pois neste conceito tão renegado como é o de fair-play encontramos valores tão importantes como a disciplina, auto-controlo e respeito pelo adversário.

Como devem imaginar, todo este conceito tem uma passagem directa para o poker. Na sua enorme - e mais conhecida - vertente de torneios, considero o poker como sendo um desporto: e como tal, a vertente do fair-play deverá sempre estar presente. Mas como dito acima, esse é um sonho que dificilmente se acabará por realizar. Isto porque o poker é um jogo dificil mas atraente, que custa bastante a perder quando achamos que dominamos o jogo.

Para fintar as ilegalidades, vamos fingir que somos americanos a partir desta altura do artigo, pode ser? Quem não tem nos seus jogos caseiros, um amigo que desata a barafustar com tudo quando não tem sorte (ou simplesmente joga mal)? Um amigo que atira com as fichas quando perde, que acusa os outros de não saberem jogar tão bem como ele, que ao ser rivered paga a aposta final apenas para confirmar que está batido e depois se põe a explicar em agonia com os termos técnicos que conhece como foram boas as suas jogadas mencionando antes de cada ponto final a sorte inexplicável que o vilain teve no river? Quem não tem um/uns amigos desses?

Passemos para os casinos - aqui já podemos ser portugueses novamente - onde a situação é igual ou pior. Vejamos uma carta de uma dealer profissional brasileira de Texas Hold'em à revista FLOP:
"Ser dealer não é fácil. Nós somos os culpados, azarentos e tudo e mais alguma coisa. Somos amados e odiados simultaneamente. Às vezes, somos lentos ou apressados. Não temos o direito de ficar cansados nem de cometer qualquer erro. Todos podem perder a calma, e mesmo com todo o cansaço psicológico, somos os únicos que não podem pôr cá fora todo o stress mental. Ser uma dealer mulher é mais complicado, ainda. Mulher bonita, que trabalha à noite com jogo é lamentavelmente mal vista. E, numa fracção de segundos, os meus quatro anos na faculdade de jornalismo e mais alguns meses a estudar na Europa são rapidamente... 'foldados'."

É certo que esta carta representa, acima de tudo, o desabafo de uma dealer feminina no mundo do jogo brasileiro. No entanto, contém em segundo plano todas as acções dispensáveis e incorrectas que os jogadores têm na mesa.

As pessoas entram em stress cedo demais, e como grande parte dos jogadores que têm este tipo de atitude são inexperientes, julgam ter nuts quando não o têm. O poker é um jogo de percentagens, não de sorte. Costuma-se dizer que "a sorte é provocadora, atira-se a todos mas não é fiel a ninguém". No jogo que eu pratico, divulgo e defendo; a "sorte" representa a minha experiência e conhecimentos - e nunca gira à volta de amuletos e superstições.

De que serve estar numa mesa de poker, e estragar todo o clima de boa disposição que existe barafustando com toda a gente, culpando toda a gente... quando na verdade se calhar os culpados somos nós? Por tudo isto, considero este tipo de atitudes intoleráveis, para além de que tornam a pessoa mal vista.
É certo que existem coolers, e situações em que estamos muito à frente e acabamos por perder a mão: mas ninguém disse que o poker era um jogo fácil ou, como o ei de pôr, previsível. É importante entender que se trata de um jogo a longo prazo, e que por isso, o que realmente interessa não é a bad beat que sofremos: mas sim ter a capacidade de analisar e saber se a jogada foi boa ou não - independentemente das cartas que cruelmente foram colocadas na mesa. E após isto, colocar uma última questão: será que vale apena insultar outra pessoa, culpar a sorte e ficar mal visto por causa de uma mão de um jogo imprevisível?

por André Leitão


Este artigo está em discussão nos seguintes fóruns:
PokerNews
PokerPT
Donkr

2.8.10

O meu primeiro Royal Flush


Sim, eu sei que são 3 e 31 da manhã, mas é o meu primeiro de sempre e tinha que vir cá postar isto.

Cumprimentos,
André Leitão

1.8.10

Esperança Matemática

Imaginemos a seguinte situação: o jogo da cara ou coroa; quando vencer ganho uma ficha, quando perder perco outra ficha. Dado que em cada jogada tenho 50% de probabilidades de vitória, a longo prazo o meu resultado económico tenderá para o empate. Simples e intuitivo! Diz-se então que o jogo é equitativo, ou seja, o seu rendimento (esperança matemática) é igual a 1.

Em termos matemáticos, o rendimento (R) de uma aposta é definido como o produto entre a probabilidade (P) do evento em que se apostou e o número (n) das apostas em que se ganhariam se aquele evento se verificasse (ou seja, se se ganhasse): R = n x P

Um jogo cujas apostas tenham sempre um rendimento maior do que 1 diz-se "vantajoso" porque a sua prática permite receber, a longo prazo, uma importância total superior ao montante do dinheiro dispendido. Quando o rendimento é igual a 1, estamos perante um jogo "equitativo" - é paga exactamente a mesma quota calculada e, a longo prazo, as quantias ganhas equilibrar-se-ão com as perdidas. Um jogo cujas apostas têm sempre um rendimento menor do que 1 diz-se, enfim, "desvantajoso" porque a sua prática vai permitir receber, a longo prazo, uma quantia total inferior ao montante do dinheiro dispendido.

Passemos à frente.

Joguemos outra vez cara ou coroa, mas desta vez a moeda não é de todo equilibrada: o meu lado é mais leve e sai apenas 1 vez em cada 4; decerto, não me convém jogar, porque para mim se trata de um jogo claramente desvantajoso (mas vantajoso para o meu adversário). Porém, desvantajoso até que ponto? A cada 4 lances recebo 2 fichas e pago 4, com um saldo negativo de 2 fichas, igual a uma média de meia ficha perdida por lance. Em termos de rendimento: R = 0,25 x 2 = 0,5. Um verdadeiro desastre!

Suponhamos que um espectador benevolente decida oferecer em cada jogada uma ficha ao vencedor; então, quando vencer recebo 3 fichas e quando perder continuo a perder 2 e o resultado económico melhora, mas mantém-se negativo: perco ainda 3/4 das fichas por jogada, com R = 0,25 x 3 = 0,75.

Se agora o espectador decidir oferecer ao vencedor 2 fichas por jogada, a situação regressa ao empate: por cada 4 jogadas recebo e pago 4 moedas.  O jogo volta a ser equitativo e a minha decisão de jogar ou não torna-se matematicamente indiferente (R = 0,25 x 4 = 1).

O espectador está a divertir-se imenso e decide aumentar os seus donativos: a cada jogada oferece 4 fichas ao vencedor. Neste ponto, o jogo torna-se vantajoso também para mim: 1 jogada em cada 4 recebo 6 fichas  enquanto continuo a pagar as minhas 4. O saldo é, portanto, positivo em 2 fichas por cada 4 lances, igual a 3/2 fichas por lance (R = 0,25 x 6 = 1,5).

Em substância, o jogo em si coloca-me em desvantagem, mas um factor externo (o espectador) pode drasticamente mudar o meu rendimento. Não se trata de um discurso ocioso, o da esperança matemática é um dos conceitos fundamentais do poker e cara ou coroa é apenas uma simplificação,  para tornar evidente o que estamos a tratar. A minha moeda desiquilibrada será a minha mão com as suas probabilidades de vitória e o espectador benevolente será o pot, as fichas jogadas até aquele momento.

por Dario De Toffoli

31.7.10

Boa fase, também é preciso dizê-lo!

A fase das bad beats passou, e regressei em forma aos SnG's. Recuperei novamente o estatuto de K e 2 estrelas no Top Shark, e voltei a fazer ITM's com força. A banca sofreu um "corte" de $40, encontrei na net um tipo que trabalhava na FullTiltPoker a fazer os avatares dos profissionais e por esse montante ele criou-me um avatar personalizado (este aqui do lado). Portanto, em vez de ter $90 estou com sensivelmente $50 o que é uma banca fraca para o que eu queria fazer - mas repito, valeu apena o dinheiro investido. De qualquer maneira, depois das férias de verão conto subir para os SnG de $11 com uma banca de aproximadamente $500. Quando chegar a altura, que ainda falta um bocadinho, voltarei com os resultados - positivos espero - desta subida de níveis que acho que já mereço.



Resta-me desejar aos meus leitores umas excelentes férias de verão, ainda por cima com o Solverde na praia da rocha :)

Cumprimentos,
André Leitão

Novos Episódios de EPT já Disponíveis

Com a chegada das transmissões das WSOP 2010, a febre do poker televisivo voltou a entrar nas nossas casas. Como já sabem, o Poker Kings está a disponibilizar na sua nova secção na página principal episódios completos das mais variadas seasons do EPT e LAPT com os comentários a par de João Nunes e Ulisses Pereira. Foram adicionados novos episódios, por isso não percam a oportunidade de ver um dos mais famosos circuitos europeus de poker.

por André Leitão

29.7.10

A Leitura do Adversário

No main event do Campeonato Italiano, que teve lugar em San Remo, em Maio de 2007, aconteceu-me jogar uma mão de um modo excepcionalmente corajos, fiando-me numa leitura de uma jogada do meu adversário que, colocada num contexto psicológico multinível, explica o efectivo sucesso da minha jogada.
Na mão em questão: com blinds a 150/300, encontro-me na BB com 44 e, depois de um fold geral, o jogador sentado no botão - um austríaco muito forte com o qual me cruzei outras vezes no circuito europeu - faz raise de 800 fichas e eu faço call. No flop sai KdQdJh e eu faço check com a intenção de dar fold - caso tivesse de enfrentar uma continuation bet do meu adversário; considerando que atacar logo, quer apostando à primeira quer um check-raise, é uma jogada que, fora de posição, considero demasiado arriscada - sobretudo nas fases preliminares dos torneios.
Inesperadamente, também o meu adversário faz check e no turn sai um 5 de copas, que oferece à board 2 flush draw possíveis. Eu aposto 1200 fichas porque, se o meu adversário - a quem doravante chamarei de Michael - se sentiu demasiado fraco para apostar no flop - fazendo o pot crescer - com uma mão do tipo 77, 88 ou A9; então terá igualmente receio de enfrentar uma aposta no turn com uma board que oferece 3 boas overcards ligadas a dois flush draws possíveis. Em breves palavras, numa situação parecida, um bom jogador como ele jamais sonharia fazer call com uma mão semelhante e tendo ainda de enfrentar outra ronda de apostas e uma série de cartas assustadoras possíveis no river em enorme quantidade.
Inesperadamente, perante a minha aposta, Michael faz raise no turn de 5 mil fichas. Provavelmente, julgando-me um jogador muito astuto e imprevisível e tendo uma mão não suficientemente forte para poder arriscar-se a enfrentar um check-raise no flop, terá planeado esperar por uma provável aposta minha no turn para poder fazer um raise substancial, que me pudesse fazer desistir da minha intenção de ganhar o pot sem uma mão digna.
O raise foi, de facto, fulminante - derivando obviamente de uma óptima leitura intuitiva acerca do facto de não ter uma mão suficientemente boa para ver o meu raise de 5 mil fichas, considerando também que a minha stack efectiva antes de eu jogar a mão era de apenas 12500 fichas!
Todos estes elementos me convenceram de que efectivamente, me encontrava numa daquelas mãos em que, entre 2 jogadores muito fortes, o "pensamento-psicologia" multínível é dono e senhor. Por conseguinte, um re-raise all in meu de mais de 6700 fichas, mesmo sendo uma quantia, digamos, bastante exígua, era suficiente para obrigar o meu adversário a fazer fold à sua mão marginal - coisa que pontualmente aconteceu, tranquilizando-me por ter escapado ao perigo de me encontrar all in contra uma sequência nuts.

por Dario Alioto

27.7.10

EPT em Português, exclusivo Poker Kings!

E como o Poker Kings tem como objectivo principal a boa satisfação dos seus leitores, abriu uma nova secção na página principal onde o caro leitor poderá fazer download dos episódios de poker passados na Sic Radical que têm os comentários a cargo da dupla João "Jomané" Nunes e Ulisses Pereira. Os vídeos possuem um tamanho aproximado de 300 Mb, e são como é óbvio, TVRip de excelente qualidade. Já estão disponíveis o dia 4 do European Poker Tour de Barcelona de 2007, e o Stars of Poker - um torneio apenas destinado aos grandes campeões do poker mundiais. Futuramente irão estar disponíveis mais episódios do EPT season 6, e também do Latin American Poker Tour - tudo comentado pela dupla portuguesa.

Boa sorte nas mesas,
André Leitão

25.7.10

Crítica: The Cincinnati Kid

Confesso que já ouvi falar muito deste filme, mas como o tema central é o 7 card stud nunca tive muito a curiosidade de o ver - não é que não goste de 7 card stud, aliás, às vezes estou na FullTiltPoker e jogo um pouco desta variante. A questão é que não acho que seja uma variante tão espectacular do poker para ser representada num filme, o Texas Hold'em é sem dúvida a mais emocionante e simples maneira de expôr o poker a um público pouco familiarizado com estas andanças. Pois bem, acontece que na altura em que o filme foi feito (1965) o que se jogava era mesmo o 7 card stud, e este foi um filme épico: não só por representar excelentemente o poker e toda a sua versatibilidade, mas também por conter o "Leonardo Di Caprio" de 1965: Steve McQueen.
E então lá inseri eu o DVD no leitor da sala para ver um filme que achei simplesmente uma obra prima. The Cincinnati Kid conta a história de Kid, um jovem brilhante jogador de 7 card stud que vive do jogo - Kid é considerado por todos como um dos melhores jogadores de poker do mundo. No entanto, existe sempre um "rei" na terra, e Lance Howard é "o homem". Lance é considerado o melhor jogador do mundo, e viaja por todas as cidades à procura de uma alma corajosa que o deseje enfrentar num jogo de poker. Como é óbvio, Kid deseja este jogo já há muito tempo: e quando sabe que Howard vem à sua cidade, consegue arranjar um jogo que promete ser bastante revelador a todos os níveis...
Pessoalmente, gostei do facto de não haverem fichas envolvidas nos jogos pobres. A única cena do filme em que são utilizadas fichas de casino acontece quando vemos Lance Howard num jogo de sociedade com grandes magnatas políticos. Fora isso, o jogo é jogado com o que se aposta: dinheiro. As cenas estão excelentemente bem construídas, e o filme consegue apanhar brilhantemente o outro lado de um jogador de sucesso: as suas relações sociais e amorosas. O som é o único aspecto que leva nota negativa, mas para um filme de 1965 vamos ser sinceros: o que esperaria? Maldito dolby, porque vieste tão tarde?

Citações Memoráveis do Filme:

"- Como raio é que sabia que eu não tinha o rei ou o ás?
- Lembro-me de um jovem fazer a mesma pergunta ao Eddie, o tipo. 'Filho...' respondeu-lhe ele, 'Tu só pagaste para ver. As aulas são pagas à parte.'"


"- Fizeste raise de 10 mil com uns míseros 3 ouros?
- Em suma é a isso que tudo isto se resume, não? Uma jogada errada no momento correcto."


"És bom Kid, mas enquanto eu andar por aqui és o segundo melhor. Espero que aprendas a viver com isso."


* Alerta de spoiler no texto abaixo *

O fim do filme é algo que eu acho simplesmente genial, uma coisa de génio. Ele perde na última mão de full house para straight flush, e o filme termina com a sua miséria. Quem se lembraria de um final destes, para um filme em que supostamente o actor profissional é um jogador de poker imbatível? Magnífico e genial.

por André Leitão

E começou a fase má...

Ultimamente tenho perdido um horror de SnG's graças a bad beats, isto dura à já 4 dias. Fui eliminado 4 vezes com AA, 5 com KK, perdi todas as corridas que joguei (AK vs xx e afins), situações em que estava a dominar como AQ vs AJ ou AK vs KQ. Hoje joguei dois sits e perdi os dois na bubble: um com KK e no outro com uma má jogada em short stack.
O meu ranking na TopShark baixou para J e 1 estrela, e no sharkscope o gráfico de banca mostra tudo o que há para dizer:


Neste momento estou com $64 de banca, graças a afiliações de publicidade que tenho feito no blog. Em todos os sits que perdi joguei bem, fui sempre confirmar ao SnGWizzard. Esta noite vou dar mais um shot, espero que as coisas mudem drasticamente para o meu lado. No entanto não me considero aflito de banca, até acho que estou bastante bem para quem joga sits de $2,25 - estou é simplesmente chateado por a minha subida de nível nos SnG ter de ser adiada.

Boa sorte nas mesas,
André Leitão

21.7.10

Opinião: Online Poker Info


Como sabem, um dos pontos fortes deste blog são os artigos de estratégia. Não sou eu que os escrevo - espero daqui a uns largos anos quando tiver mais experiência poder começar a enveredar por esse caminho. Portanto todos os artigos que aqui encontram no blog são descobertos em livros, sites e afins que eu procuro para melhorar o meu jogo. Numa destas pesquisas on-line, encontrei um site que me agradou e surpreendeu bastante: não apenas pela sua apresentação, mas mais pelo conteúdo. Daí eu sentir-me obrigado a fazer este post, visto que as últimas críticas que tenho feito a sites não têm sido muito positivas - e como o poker em Portugal não é negativo (parabéns a todos os jogadores que marcaram presença nas WSOP 2011) aqui vai:
Refiro-me ao site Poker.pt - Guia para o poker online, site português onde encontrei diversos artigos de poker muito bons - não só de material avançado mas também referentes a aspectos básicos de estratégia (como o valor da posição, apostar correctamente, etc) o que eu acho fundamental para os jogadores iniciantes nestas andanças. Isto fez-me repensar os artigos que tenho postado no Poker Kings, pois sempre defendi que este seria um local de começo para qualquer pessoa que quisesse aprender poker e os artigos que ultimamente tenho postado estão num nível já mais avançado. Por isto, tiro o chapéu ao Online Poker Info.
E com estas epifanias lá continuei eu a navegar pelo site - que conta também com notícias actualizadas, video podcasts de jogadores e diversos códigos bónus para inúmeras salas: algo sem dúvida a explorar. Como aliados de peso, o site Online Poker Info conta com o PKRPokerpt (o conhecido site que revolucionou o poker on-line criando uma experiência 3D e que agora oferece um excelente código bónus de boas vindas de 100% até $800) e a Everest Poker (sala que patrocina a jogadora portuguesa Catarina Santos e que está aliada à excelente Escola de Poker). Por tudo isto, acho que a Online Poker Info é sem sombra de dúvida um sítio a visitar para quem queira melhorar o seu jogo.

por André Leitão

Guia de Poker, Everest Poker, PKR Poker

20.7.10

Porquê confiar nas stats dos sites?

Boa noite gente, bem aqui venho eu para mais uma crítica - desta vez aos sites de estatísticas de jogadores. Eu quando começei a jogar poker on-line, sempre utilizei o sharkscope. Isto porque, especialmente para mim que jogo exclusivamente SnG, era bastante preciso. Todos os torneios eram registados, e todas as estatísticas estavam certas. Depois surgiu o TopShark, que dá ranking aos jogadores através de cartas (sendo o 2 com 1 estrela o pior ranking e o A com 5 estrelas o melhor ranking possível - o André Coimbra está neste ranking). No entanto, as estatísticas de um para outro diferem mas isso é compreensível - é que o TopShark é um site relativamente recente e não acompanha os jogadores à tanto tempo como o Sharkscope. Daí eu até preferir recorrer ao Sharkscope quando são coisas mais sérias de maneira a ter o máximo de informação possível. Portanto, relativamente a estes dois tudo bem - não tenho nada a dizer.

Agora, não se pode negar que existem sites que têm o único e exclusivo propósito de fazer exploração de marketing dando aos jogadores uma informação que está bastante longe de ser a verdadeira. Como sabem eu jogo em micro limites, e já fiz cashout duas vezes aos $100 - isto é, nunca perdi dinheiro on-line. Pois bem, segundo o site Poker Table Rankings no meu pior dia perdi $140 - o que tem piada porque nunca tive tanta banca. O que eu quero dizer com isto é, bolas! Mas para quê? É o meu nome que ali está, aliado a mentiras que apenas servem para chamar possíveis cliques em imagens publicitárias.

(Nesta imagem pode-se ver claramente a diferença entre os sites)



(Outro exemplo muito caricato: eu jogo exclusivamente SnG. O único cash que joguei este mês foi em rush poker para obter o badge. Como tenho nas minhas estatísticas sessões de 23 mil mãos de cash games NLH? Depois outro pormenor engraçado é o rakeback: eu não tenho rakeback. O que eu pago ao site lá fica, ponto final. Como tenho eu rakebacks de $39 e por aí fora? Depois gostava que alguém me explicasse como é essa de eu ter perdido$160 numa sessão - como sabem a minha banca nunca passou dos $105)


(Outra incoerência: a Poker Table Rankings dá-me um ranking de 28/100 - devido a informação errada de coisas que simplesmente não jogo - enquanto que a TopShark dá-me um ranking altíssimo de K e 2 estrelas)

Atenção, eu estou a falar da Poker Table Rankings porque foi o site que mais me chateou, como este existem muitos mais. Isto faz-me lembrar uma situação caricata que tive e que resolvi às claras aqui no blog, quando um leitor anónimo deixou comentário dizendo que na rede ongame eu estava down $1246 em 500 e poucos torneios e que tinha perdido $170 a jogar cash game - quem não viu poderá ver o post aqui. Esta é a prova de como estes sites falsos nos fazem fazer figuras de ursos publicamente: eu joguei na rede ongame na bwin à já alguns anos, e saí de lá com lucro (podem pesquisar por provas em posts no blog dessa altura). Nunca joguei lá cash games, e investi $14 e levantei as $50 salvo erro. Estão a perceber? Como é que perdi $1246 em torneios e $170 em cashs se nem sequer tinha esse dinheiro? O mais grave disto tudo, é que estes sites podem levar a decisões erradas nas mesas a quem decidir dar validade aos dados lá apresentados.

Penso que isto deveria ser mais controlado, e pessoalmente já enviei um mail a exigir a não apresentação das minhas stats no site. Se as querem pôr, que ponham as reais.

Cumprimentos e boa sorte nas mesas,
André Leitão

19.7.10

Ferguson Go Pro

Quem não conhece um dos temíveis lideres da equipa profissional da FullTiltPoker? Chris "Jesus" Ferguson poderá à primeira vista uma pessoa difícil, no entanto é de opinião mútua dos diversos jornalistas que é uma das pessoas mais simpáticas do poker mundial.

Neste vídeo poderão ver uma mini-entrevista onde Ferguson explica a sua entrada no mundo do poker e a ascensão a jogador profissional.



16.7.10

Actualização - Parte I

Bom, o objectivo está quase cumprido. Estou a fazer esta actualização porque vou estar totalmente fora do poker durante os próximos 3 dias (devido a um enorme concerto que eu sei que os Editors vão dar nas Marés Vivas 2010). Portanto, aqui fica o ponto de situação: da última vez que aqui escrevi tinha uma banca de $54 e o objectivo era jogar SnG de $2,25 até alcançar os $100 para poder começar a dar shots nos de $5,50. Bom, neste momento possuo uma banca de $82 assim já quase a tocar na fasquia do Goal.


No ranking de SnG de low limit de uma mesa de NLH situo-me num honroso lugar 139 com 214,20 fichas, tendo como agradável surpresa 2 portugueses acima de mim: o daysleeper1980 e o Vietlu que se encontra também muito bem posicionado.



E por agora é tudo, julgo que falta pouco para subir das micro stakes para as low stakes. Veremos como as coisas irão correr na altura.

Passando a assuntos sérios, espero que estejam a gostar dos artigos que tenho postado. Quando voltar irei fazer um post muito interessante com uma entrevista a Chris "Jesus" Ferguson em que ele conta como se tornou profissional de poker.

Boa sorte nas mesas,
André Leitão

14.7.10

Como Jogar um Heads Up - Parte 2 de 2

Mas como devemos jogar quando temos jogo? Como se jogam pares altos, cartas altas a partir de 7J, 8Q, 9K ou Ax e suited connectors? Com cartas devemos fazer raise quase sempre - e por quase sempre, me refiro a 2 em 3 vezes - e a vez que não faço é para fazer trap. É aqui que se vê outro factor determinante de um heads up: a agressividade. Devemos ser mais agressivos do que o habitual. Não é preciso ser super agressivo, mas apenas para pôr travões no villain - caso contrário irá comer-nos vivos.
Quanto aposto? Nunca existe uma regra para isto, mas um raise de 1 a 2 BB's é o suficiente. E agora pergunta o caro leitor: "Não posso dar um raise de 3 BB's?" Poder pode, a situação é que se o villain dá call o pot torna-se gigante e imprevisível. O importante a ter em conta aqui, é que o caro leitor raisa 3 BB's e o villain paga vai ser bastante dificil de o tirar da mão. Sobretudo, é importantíssimo ter em conta o tamanho do pot na altura de apostar. As suas apostas devem ser proporcionais ao pot que está a jogar. Os jogadores que não tenham em conta o pot na altura de apostar podem ser bastante exploráveis, pois estão a permitir-nos ir ver cartas até ao river de uma forma bastante barata.

Se em pré-flop raisamos 1 BB, uma aposta simples no flop será o suficiente. No entanto, se raisámos 2 BB ou mais deveremos fazer uma continuation bet de pelo menos 2 BB ou mais - isto porque não devemos deixar transparecer a imagem de que falhámos um flop com uma aposta fraca. Esse erro poderá resultar num call do villain, e depois de um raise no turn do villain. E agora? O caro leitor perdeu a vantagem da posição, porque é você agora quem está a pensar: "Este tipo não tem nada, mas como posso dar call com esta mão?"

O que acontece se o villain dá re-raise em pré-flop? É sinal de que tem uma mão muito boa e o caro leitor deverá preparar-se para dar all-in caso dê call ao re-raise. Ele estará na BB com boas cartas, mas continua com um problema: a posição. Quando o flop sair, ele irá fazer uma continuation bet de tamanho médio.  Mostrou força no pré-flop e quer continuar a mostrá-la no flop, aproveite este facto. Se conectar bom jogo no flop, deixe-o fazer o trabalho todo e limite-se a dar call para no river anunciar all-in directo.

Conclusão: A partir da SB temos posição, e praticamente garantida uma vista de olhos no river - por isso pode ser mais agressivo do que o habitual.

Boa sorte nas mesas!

por JCarreño

13.7.10

Desafios


Gostaria de agradecer a todos os leitores que se registaram como seguidores aqui do Poker Kings, muito obrigado. Não se esqueçam porém que esta, apesar de ser a secção mais actualizada, é apenas uma pequena parte do blog Poker Kings. Na página inicial encontrarão tudo e mais alguma coisa sobre o jogo, vale apena irem ver caso ainda não tenham visto.
Mas como vai o editor deste blog no mundo do poker? Como podem ver pela imagem do lado, apenas me falta o badge do iron man para completar os 4 badges de poker player na FTP. Esse badge dificilmente o conseguirei ganhar, visto que jogo exclusivamente SnG's que não dão tantos pontos como se jogasse cash games. Os desafios foram acessíveis, e a banca evoluiu para os 58$. Como já tinha dito anteriormente, desta vez não vou fazer cash out aos 100$. Desta vez quero ver até onde consigo ir, sendo que à medida que a minha banca fôr evoluindo irei aumentar o buy-in dos SnG. Penso que é uma óptima estratégia para evoluir a banca, e começar realmente a jogar em níveis onde nunca pude jogar. Mas agora perguntam vocês: "André, tendo em conta o teu blog não deverias ir actualizando aqui esse teu desafio?". De facto estou farto de ver blogs onde os jogadores propõem desafios a si próprios, e vão actualizando com dados estatísticos. Sinceramente, se isso resulta para eles acho bem. Para mim, esse tipo de coisas tendem a atrapalhar o desafio. Os SnG's são torneios com uma variância enorme, é possível perder 6 ou 7 seguidos a jogar bem; e portanto já me basta ter de lidar com o tilt - quanto mais estar a vir ao blog dizer que estou numa downswing. Outra coisa negativa penso que é o tempo, quer dizer: mostramos um desafio nosso publicamente e depois inconscientemente estamos constantemente à procura de resultados para ir mostrar - isso pode ser bom... ou muito mau. Assim e sem pressões, irei actualizando este desafio que coloquei a mim próprio sempre que atingir o próximo estágio. Sem prazos ou compromissos, o melhor que vos posso dizer é que jogarei o melhor que sei.

Aqui deixo as estatísticas actuais da sharkscope e Top Shark:


Quanto aos artigos de estratégia, o próximo post será a segunda parte de "Como Jogar um Head's Up" por JCarreño - um jogador espanhol de limites médios de grande sucesso, que em conjunto com outros jogadores lançou um manual de SnG muito bom, aconcelho a quem tiver oportunidade de o arranjar e claro, que tenha facilidade com a língua espanhola. 

Obrigado por visitarem este espaço, cumprimentos
André Leitão

10.7.10

Como Jogar um Heads Up - Parte 1 de 2

Mano a mano, cara a cara. A hora da verdade. A boa notícia é que se o caro leitor se encontra nesta situação, é porque já garantiu algum dinheiro relativamente ao do buy-in. A má notícia é que um heads up não se pode ensinar a jogar. "Mas... e agora?" perguntam vocês. Calma, eu disse que um heads up não se pode ensinar a jogar, e é verdade. Mas o que se pode ensinar é a como não cometer erros básicos. Vamos lá ver uma coisa, existem autores que têm tabelas de heads up... tabelas! Incrível, isto é o cúmulo! Mais vale colocar uma máquina a jogar por nós, não? O heads up joga-se contra outra pessoa. Sim caro leitor, por detrás do software e de todos os números existe algo com vida. Está a jogar contra uma pessoa, é preciso ter muito bem em conta este conceito.

Posto isto, a primeira dica que posso dar é que o mais importante é jogar o heads up sempre com posição. A primeira vez que cheguei a um heads up importante perdi porque não tive em conta esta premissa. Fiz o segundo melhor par, e ia apostando e o villain sempre a dar call até que no river deu all-in e eu tive de foldar. Ele mostrou o melhor par da mesa desde o inicio, ou seja, eu estava a fazer-lhe o trabalho todo. Este tipo de jogadas são as que se devem evitar a todo o custo. Sem posição estamos a apostar às cegas.

Num heads up a SB (small blind) é o botão, ou seja, o jogador que fala por último. Quando o caro leitor joga em boa posição (do botão) o jogo é de caras, pois tem muita mais informação para tomar as suas decisões e sobretudo porque cada aposta que fizer terá o dobro de valor emocional. O mais normal é que nem a SB nem a BB tenham jogo, por isso a BB dá check (jogada prudente) e o SB aposta: o que passa pela cabeça da BB é: "Como vou pagar esta aposta se não tenho nada?". A BB sabe que a probabilidade de a SB também não ter jogo é muita, mas: "E se tem jogo?". E acaba por concluir o seu raciocínio da seguinte maneira: "O melhor será foldar e esperar por jogo". Temos de explorar ao máximo este facto, portanto iremos apostar sempre da SB.

Quando jogamos sem cartas (tipo 83, 92, etc.) devemos fazer sempre call por muito má que seja a mão, pois temos odds favoráveis (3:1) para ir ver um flop. Se o amigo da BB clicou no botão do raise, as coisas mudam e já teremos de dar call com algum tipo de jogo (em geral, pares de mão ou cartas altas a partir de 7J, 8Q, 9K ou Ax. Os suited connectors são uma excelente opção a jogar desde a SB; isto porque a boa posição se bem usada permite-nos ver cartas grátis e chegamos até ao river com custos mínimos, para além de que este é o tipo de mão que fará o caro leitor ganhar com mais frequência.

Uma mão standart em heads up será algo do género:

Pre flop
SB call
BB check

Flop
BB check
SB bet (1xBB)
BB fold

"E se o amigo da BB nos dá call?" Exploramos a vantagem da posição e vemos o river gratuitamente se isso nos interessar. "E se no river ele aposta uma BB?" Bom, olham para essas coisas rectangulares com desenhos e números e decidem. Normalmente com um segundo par é rentável ver este tipo de apostas.
Chegando a este ponto, o caro leitor deverá estar a pensar: "Que maneira boa para dar fichas ao adversário." A ideia aqui é que o villain se vai habituar a dar call às suas apostas, ou seja, consegue-se um padrão de actuação. Quando tiver uma mão como top pair jogará da mesma maneira, no river apostará forte e irá ver um monte enorme de fichas a vir na sua direcção.

Tem de se encontrar um padrão de actuação, isto é o mais importante. Convém a um bom jogador jogar aqui muitas mãos. Não é conveniente nem lucrável a um bom jogador meter-se all-in na segunda mão do heads up. A um bom jogador, não é interessante entrar num confronto de raises nem re-raises sem sentido nenhum. Toda a acção por nós feita deverá ter o intuito de obter mais informação acerca do jogador contra quem estamos a jogar. "E quando apanho o padrão de actuação dele?" Então, ajusta o seu jogo ao jogo dele.

Uma característica muito importante no heads up é a capacidade rápida de análise, porque temos de ser rápidos em descobrir a maneira de jogar do villain. Uma vez que sabemos como funciona o nosso rival, aproveitamos essa informação ao máximo: se ele gosta de dar raise, o caro leitor espera jogo. Se o amigo folda a cada raise seu, bem começa a dar raise até que se aborreça. Quando ele der call, soa alarme total e dá-se fold à mão para começar a jogar novamente em raise. Tudo isto tem a sua base matemática, mas é mais fácil aprendê-lo a jogar do que analisando números.

por JCarreño

9.7.10

Novidades Fantásticas na FullTiltPoker

Todos sabem - e atendendo ao visual que todo o meu blog tem tomado ao longo destes anos - que a FullTilt Poker é a minha sala de eleição para a prática do poker on-line. E como tal, satisfaz-me contar-vos os melhoramentos que este excelente site de poker tem feito.
Vou começar não pelo primeiro, mas sim pelo que me satisfaz mais: os badges de jogador. Agora cada jogador da FullTilt exibirá bagdes (crachás) no seu avatar, que mostrarão o afinco que o caro leitor tem pelo jogo aos seus adversários. Existem 4 badges, o badge de True Poker Player, o badge da Academia FullTilt, o badge do Iron Man e o badge do Rush Poker. O que eu acho de maravilhoso nestes badges, é que tornam toda a experiência de poker no site muito mais gratificante e muito menos monótona. E como estão ao alcance de todos os jogadores - já explicarei a condição para ganhar cada badge - é uma forma fantástica de fazer com que os jogadores saiam da sua área de conforto e experimentem coisas novas que o site tem para oferecer para poderem mostrar com orgulho os badges que já conquistaram.




Mas como se conquistam os badges? Vamos lá saber:

- Badge de True Poker Player: este badge é, digamos, uma prenda da FullTilt pois apenas é necessário jogar jogos a dinheiro no site. Portanto, este é um badge comum que toda a gente, ou pelo menos a maioria, terá posse.
- Badge de Academia FullTilt: na minha opinião, este badge é o mais interessante. Acreditem em mim quando digo que este badge irá melhorar bastante o nível de poker no site (infelizmente para mim, visto que vou ter mais trabalho nas mesas), pois só o conseguirá exibir no seu avatar quem tiver completado a 100% 3 desafios da academia no último mês.
- Badge de Iron Man: este sempre existiu, indicando que o jogador está classificado para qualquer nível do desafio Iron Man desse mês.


- Badge Rush Poker: este badge será conquistado a quem completar 50 FTP a jogar rush poker no mês passado.


Estas novidades são, na minha concepção, fenomais e irão sem dúvida aumentar a actividade no site (não é que seja preciso) todos os meses.

Outro melhoramento no software tem a ver com a visualização. Tudo bem, o novo modo está muito melhor do que o classic: no novo consegue-se filtrar ao máximo os jogos em que pretendemos jogar, enquanto que no classic é tudo uma salgalhada (turbos para aqui, hyper para ali, lá pelo meio encontra-se 6max normal). No entanto, o novo modo de visualização do lobby principal ficou muito maior, quase o dobro do classic. Acredito que isto seja complicado para quem abre algumas mesas, e não possui um monitor razoavel - entre outras chatices. Então, foi criada agora a mini visualização: que praticamente é o novo lobby com o tamanho do classic. Nada a apontar, simplesmente perfeito e um melhoramento que já era de esperar.


Estas são na minha opinião e interesse as novidades mais bombásticas, a que se juntam um novo modo de abertura automatica de lobbys de torneio (ao bom velho estilo de table ninja); torneios cashout em que se troca as fichas actuais por dinheiro ou até mesmo a opção run it twice em cash games, em que o turn e o river são virados duas vezes por acordo dos dois jogadores.

Aproveitem todas estas features fazendo download do software FullTiltPoker directamente aqui do blog Poker Kings, na página inicial em qualquer um dos banners. Boa sorte nas mesas!

por André Leitão