30.11.09

Flutuar na Recta Final

Toda a gente procura uma fórmula mágica para saber como jogar rectas finais de torneios multi-mesa - se existe alguma maneira de acumular fichas quando as cegas estão altas e a mesa muito agressiva; impossibilitando a prática do tão conhecido "roubo". Resolvi escrever sobre um tipo de estratégia que poderá ajudar o caro leitor nesta situação e que me tem ajudado bastante nas fases finais deste tipo de torneios.

Existe um conceito chamado float (flutuação) que, de certeza absoluta, é uma estratégia muito utilizada e discutida pelos praticantes de cash games e estudiosos assíduos. É uma estratégia que se fôr aplicada com o timing certo, pode ser bastante lucrativa.

Numa recta final de um torneio, praticamente todas as apostas pré-flop são seguidas por continuation bets. Normalmente, o raise é de 3 vezes a grande cega, e se levar call e ficar na situação de heads up irá apostar 70% das vezes (cerca de 60% do pot) se o adversário fizer check.
É aí que entra a flutuação que, segundo a teoria, mesmo que você falhe completamente o flop e não tenha perspectiva de nada, dá o call à continuation bet do ser adversário esperando que ele faça check no turn para poder fazer uma aposta no turn ou no river, se tiver posição para isso. Isto tem o objectivo de fazer o seu adversário largar a sua mão.

Quais são então os requesitos para fazer uma flutuação?

1- A mão tem de ser jogada em head's-up, porque com mais pessoas fica muito complexa para ser executada.
2- Tem de estar com muita atenção à mesa e reparar nos padrões de todos os adversários, para saber em quais deles este tipo de jogada poderá funcionar. Procure por jogadores que largaram mãos no turn após uma continuation bet. Está sempre a acontecer!
3- As stacks não podem estar muito comprometidas, nem o seu nem o do seu adversário. Não faça jogadas muito requintadas com short-stacks porque eles não têm muito a perder.
4- É importante fazer jogadas deste tipo com mãos que tenham o mínimo de esperança positiva. Esqueça o 7-2 fora de naipe ou o 9-3. Connectors ou com algum tipo de perspectiva podem tornar um float num slowplay depois do flop.
5- Escolha o tempo certo da execução desta jogada. Acho que não é necessário fazer este tipo de jogada com cegas pequenas. Se fôr correr riscos, que seja por algo grande.
6- Faça esta jogada com posição em relação ao seu adversário.
7- A textura do flop é muito importante para que esta jogada resulte bem. É melhor um flop arco-íris, do que um flop que tenha duas cartas do mesmo naipe - pois podem colocá-lo em flushdraw. Por isso, cuidado com o flop. Existem situações em que terá de cancelar a estratégia a meio.

André Akkari

27.11.09

Classificação para as Meias-Finais do Campeonato Universitário de Poker

Classifiquei-me hoje, dia 26 de Novembro para as semi-finais do campeonato universitário de Poker, patrocinado pela PokerStars. Encontro-me de momento a jogar tanto na Stars como na FullTilt, e a razão de ter carregado conta na PokerStars é muito simples: é onde existe mais acção de torneios portugueses. É inegável. Quer seja a Liga PokerPT, ou freerolls para os main events da solverde... existe um pouco de tudo. Por isso apesar de adorar a FullTilt (aguardo ansiosamente pelo equipamento que já mandei vir lá da FullTiltStore!) irei jogar estes torneios que acho bastante importantes na PokerStars.

Esta classificação teve origem num satélite de $1 + $0,10 (pessoalmente acho o valor algo baixo, preferia algo como o da Liga PokerPT) na qual terminei em 4º lugar entre 50 adversários. Não joguei nada demais pela simples razão de não ter mãos para isso. Foi um torneios bastante estranho - nunca me sairam mãos, e quando saíam era quando tinha de dar shove. Ainda bem que houve pessoas que acompanharam os meus AJ, AQ, AK e KK com mãos como 67, 89 e TJ. Senão não sei se tinha sobrevivido a essa fase. Lá consegui atingir a mesa final, e aí se o jogo já estava a ser táctico passou a ser muito mais. com uma stack de 2,500 e cegas a $500/$1000 consegui chegar as 6 mil fichas e pouco; mas acabei o torneio com a minha QT a ser batida por KT.
Entrada directa na meia final, que se irá disputar daqui a 9 dias e $5 de prémio pelo lugar conseguido. Não foi mau para iniciar o meu primeiro dia na PokerStars. Irei continuar a actualizar informação acerca deste e de outros torneios, até lá vemo-nos nas mesas!

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26.11.09

O Grande Matias

Primeiro, rumores indicavam que um grande evento em Portugal estava prestes a acontecer. E só o facto de se ter tornado realidade, já foi algo de impressionante e assustador. Vilamoura foi o local escolhido para o famoso circuito europeio EPT - European Poker Tour (que já cheira novos locais, como por exemplo as Bahamas) tomar lugar.
Fabuloso, primeiro EPT em Portugal. Primeiras considerações a tomar: 1) a cobertura intensa dos media nacionais e internacionais; porque isto está longe de ser um torneiozeco qualquer - quanto mais para o pequenino (no entanto grande) Portugal que de braços abertos o acolhia. 2) A vinda de superestrelas da modalidade, como o ex-campeão mundial Peter Eastgate, Andy Blach, Bertrand Grospellier e muitos outros de igual nível.

Isto leva a uma conclusão que só por si, paga todo o espectáculo que recebemos: o reconhecimento a nível internacional do Poker português. Bem, tudo isto foi real antes de o torneio começar. Agora, ser um português a vencê-lo... foi sem dúvida a cereja no topo do bolo.

Cerca de 405 mil euros entraram nos bolsos de António Matias, que arrasou a competição começando a final table como chip leader. Disponibilizo em baixo, com a cortesia da PokerPT.com a conferência de imprensa completa dada por Matias, e as suas explicações e pensamentos acerca deste EPT. Envolvido por jornalistas que o inundaram de perguntas extremamente básicas (fruto do ainda fraco entendimento do jogo em Portugal), e ás quais Matias respondeu bastante bem. Houve no chat da PokerPT.com quem lhe acusasse falta de humildade. Eu sinceramente acho o contrário - humildade não faltou ali. Teve todo o mérito em vencer o torneio, e vangloria-se disso. No entanto, reconhece a força de Sarwer e de outros jogadores que teve dificuldade em ultrapassar durante o torneio. Diz que se não tivesse vencido este torneio, provavelmente não iria participar noutro do género. Ora, isto para mim não é falta de humildade; mas sim sinceridade e realismo acerca do que podia ter acontecido, do que aconteceu e do que poderá acontecer.

A SIC considerou-o no rodapé "Jogador Amador de Poker". Pessoal, joga regularmente na PokerStars; venceu o 1º EPT em Portugal jogando contra estrelas mundiais e vai continuar certamente, como o próprio afirma, nesta onda de circuitos. É tudo menos amador. E que tal um bocadinho de orgulho nos portugueses SIC?

22.11.09

As 24 qualidades que separam os jogadores vencedores dos restantes

24. Sentido de humor - os jogadores vencedores aprenderam a tolerar as bad beats que sofrem. Um apurado sentido de humor poderá ajudar a atravessar esses tempos difíceis. Claro que os jogadores perdedores poderão perder o seu sentido de humor ao longo do tempo. Enquanto que os vencedores contam piadas, os perdedores não páram de exclamar: "Cala-te e dá cartas".

23. Orgulho - Quando um jogador vencedor reconhece que o nível do jogo está acima do seu, dá o máximo para jogar o seu melhor ou prefere mesmo sair em vez de dar aos seus adversários o prazer de ganharem dinheiro fácil. Isto poderá acontecer após uma longa sessão à noite quando os jogadores "frescos" da manhã entram em jogo. Quando está a perder, o bom jogador reconhece que não se encontra em condições e vai para casa. Outro factor é que os jogadores vencedores têm orgulho suficiente para evitar culpar os outros das suas derrotas.

22. Retórica - apesar de não ser essencial no jogo, um jogador de topo deverão saber falar nas situações correctas, retirando informações precisosas de jogadores menos hábeis. Saber falar é uma grande vantagem, assim como saber quando ficar calado.

21. Insensibilidade - Os bons jogadores são frios e calculadores. O único interesse que têm em ouvir histórias de bad beats é pela satisfação sádica da miséria do seu adversário.

20. Optimismo - se os jogadores vencedores não acreditarem que coisas boas irão acontecer, seria difícil para eles lidarem com os momentos baixos.

19. Independência - os jogadores vencedores não aceitam os concelhos de ninguém sem pensar neles primeiro. É fácil encontrar muitos maus concelhos.

18. Manipulação - os jogadores vencedores jogam de maneira a controlar o adversário; isto é: obrigam o adversário a tomar as decisões que desejam

17. Ganância - se um jogo está mais lucrativo do que o normal, um jogador vencedor não irá sair dele especialmente se estiver a ganhar.

16. Persistência - mesmo que os resultados sejam maus, o bom jogador irá continuar a tomar as decisões que acha serem as correctas

15. Egocentrismo - os jogadores vencedores percebem que estão a jogar por dinheiro, e não para agradar outros. Não fazem nada que não seja vantajoso para eles apenas para serem agradáveis.

14. Verdade - a sua palavra é tudo. Se um jogador não é de confiança, ninguém irá querer enfrentá-lo.

13. Agressividade - jogadas sólidas e agressivas são a marca dos bons jogadores.

12. Competitividade - um jogador vencedor está num torneio para vencer o máximo de dinheiro possível, e não joga apenas para o 4º ou 3º lugar.

11. Sobrevivência - a maior parte dos bons jogadores tem muita experiência. Sabem que a vida nem sempre é justa, e estão habituados a lutar para sobreviver. Esperam obstáculos e acreditam que conseguem superá-los.

10. Entendedor - um bom jogador entende como as outras pessoas se sentem e o que estão a pensar.

9. Coragem - os bons jogadores não têm medo de puxar o gatilho; nem de fazer a jogada correcta - mesmo que seja arriscada. No entanto não permitem que com isto se tornem imprudentes.

8. Capacidade de Pensar sob Pressão - quando um bom jogador está a perder, não perde a capacidade de tomar a decisão correcta. A maior parte das pessoas desliga o seu cérebro e param de pensar quando estão sob pressão.

7. Apreciação do Detalhe - um jogador vencedor é capaz de descrever mãos que jogou com o máximo detalhe: número de fichas dos jogadores, posições, quem deu raise, padrões de apostas, etc.

6. Motivação - poderá precisar de convencer-se a si mesmo que tem de ganhar. É fácil ficar preguiçoso quando tem o dinheiro suficiente para não se encontrar em pressão se perder. Existem jogadores que se espalham em cash games mas que jogam muito bem em torneios. A glória motiva-os mais do que o dinheiro.

5. Boa Memória - jogadores vencedores têm uma estratégia vencedora memorizada. Lembram-se muito bem daquilo que resultou e daquilo que correu mal. Têm um catálogo mental do estilo de jogo e padrões de aposta de cada adversário.

4. Controlo das Emoções - apesar de alguns jogadores tentarem falar para induzir os adversários a tomarem decisões erradas, os jogadores vencedores preferem estar quietos e mantêm a sua "poker face". Mesmo depois de perder uma mão, não mostram qualquer tipo de desapontamento. Não deixam os seus adversários entrarem nas suas cabeças.

3. Inteligência - os jogadores vencedores são capazes de formular estratégias e de alterá-las quando não estão a funcionar. A inteligência é a capacidade de adaptação de cada um a situações diferentes. Um jogador inteligente é capaz de deduzir o que o seu adversário está a fazer, o que é provável ele ter, e como utilizar esta informação para maximizar o seu lucro.

2. Honestidade - os jogadores vencedores admitem quando estão a jogar mal. Descansam um pouco e voltam à carga.

1. Força Psicológica - os melhores não desistem, independentemente da gravidade psicológica das derrotas. A maior parte dos jogadores culpa as suas derrotas em circunstâncias impensáveis: "Claro que perdi. Eu perco sempre quando discuto com a minha namorada." Os jogadores fortes psicologicamente sabem que podem vencer todas as situações possíveis. Não se pode julgar um jogador até se ver como ele lida com a adversidade. É aqui que os jogadores de topo se diferenciam uns dos outros.

in Ace on the River

19.11.09

Vilamoura European Poker Tour

É isso mesmo; o torneio que o caro leitor estava habituado a ver na TV com todos aqueles profissionais está a ter neste momento a sua edição em Portugal - mais concretamente em Vilamoura. Todas as grandes estrelas marcaram presença, como o ex-campeão mundial Peter Eastgate, Bertrand Grospellier, Vanessa Rousso, João Barbosa, Nuno Coelho... enfim, um leque interminável de estrelas que apetrecham esta edição de um dos mais famosos circuitos de poker internacional. Uma oportunidade de ouro para os jogadores portugueses exibirem o seu talento ao resto do mundo, com um buy-in de 5300 euros. No momento em que escrevo este post, dá-se por terminado o dia 1B com 16 portugueses em jogo - sendo deste grupo destacável o Team Pokerstars Pro, Henrique Pinho, que detém 82 mil fichas.
A estrutura tem sido alvo de alguns comentários positivos, visto que abrandou todo o torneio; isto é: oferece uma maior margem de manobra aos jogadores para escolherem os seus spots.

Se gosta de poker - e tem possibilidades de visitar o casino de Vilamoura - esta é sem dúvida uma oportunidade a não perder: a entrada para espectadores é gratuita. O torneio estará activo até dia 22 deste mês.

14.11.09

Opinião: Mesa Final WSOP 2009

O evento mais esperado no mundo do poker teve mais uma edição, e que edição. Ausentando-me por momentos da final table e dos nomes grandes, a participação de jogadores portugueses foi bastante positiva - principalmente para os que conseguiram entrar no dinheiro.
A WSOP 2009 decorreu dentro dos parâmetros da sua estranha normalidade - falo da mítica entrada de Phil Hellmuth, dos regulares que vão todos os anos e que divertem os telespectadores com jogadas inesperadas. Por falar nestes regulares, confesso desde já que Jason Alexander (o inesquecível Constanza da série vencedora de Gremmys Seinfeld) me tem surpreendido cada vez mais a cada ano que passa. O seu jogo evolui de uma forma inacreditável, e parece que está a voltar cada vez melhor - convém não esquecer que na sua eliminação da edição de 2008 resultou de um all-in pré-flop em que Jason segurava AA. Nesta edição não foi injusta a sua saída, no entanto ficou a excelente impressão dada na feature table quando jogou mesmo ao lado de Greg Raymer. No entanto, para quem acompanhou toda a WSOP 2009, não precisava desse episódio para reconhecer a habilidade de Jason a jogar às cartas.

Quanto à final table, foi no mínimo... estranha. O Phil Ivey era sem dúvida o meu favorito, e o jogador que eu mais desejava que ganhasse a edição deste ano: vamos ser sinceros... só faltava isto ao rapaz. Era mesmo necessária aquela dama no flop? Cruel. No entanto, achei bastante exagerado o destaque que a ESPN lhe deu. Sim, é um jogador profissional na final table. Sim, é provavelmente o melhor jogador do mundo. E sim, eu queria mesmo que ele ganhasse. Mas era necessário focar o teaser inicial dos November 9 em torno do Phil Ivey? Ele nem sequer era o chip leader, era um dos short-stacks. E o exagero veio de todos os lados: desde a belíssima sequência inicial com todos os ases do desporto até que... aparece o Phil. "Será que ele é o escolhido?" Exclama Lon McEachern, seguido de frases como "Imagine o melhor jogador do mundo de poker, no maior torneio do mundo. É espectacular." Depois este exagero atinge o triplo do exagero quando é dita a frase: "Entre Ivey e a imortalidade, encontram-se 8 homens que esperam escrever o seu nome na história do poker." Basicamente, Phil Ivey contra 8 homens. É a mensagem que, tristemente, o ínicio do programa transmite. Não é verdade, e isso confirmou-se.

A final table, só a consigo resumir numa palavra: bad beats. Phil Ivey perde com AK contra AQ; Cada fez aquela recuperação espantosa de short stack a chip leader; e por aí adiante. Se isto é mau para os jogadores, é excelente para o espectáculo. A final table deste ano está recheada de all-ins e reviravoltas emocionantes. É sem sombra de dúvida um espectáculo, mesmo para quem não goste muito de poker.
Darvin Moon começou o dia como chip leader, e muito mal. Quis comandar a mesa, mas acabou por fazê-lo nas piores alturas possíveis. Isto entre shoves sem qualquer sentido, e que na minha opinião nem a leitura do adversário era desculpa. O próprio Moon admite que é novo neste jogo, e que nunca leu um livro de poker na vida. Por isso já era de esperar que o seu estilo de jogo fosse muito neste sentido, o que complica bastante a vida de todos os 8 restantes jogadores. O homem não mostrou medo de fazer raise se achar que o adversário é fraco, tenha a mão que tiver. Isto custou-lhe uma final table bastante irregular, como é óbvio. Veio umas vezes cá abaixo. Depois teve a situação do Ivey, bad beat. A situação do Akenhead, bad beat. E lá trepou na famosa escada que se chama chip rank. Por isso mesmo achei estranho - depois desta subida à custa de alguma sorte, após Cada com 2-2 bater os valetes de Saout e eliminá-lo da partida - Moon dizer a Saout: "Jogaste melhor. A final devia ser entre nós os dois." Na minha opinião não merecia o 2º lugar, mas conseguiu lá chegar e os meus parabéns por esse feito.

Quanto ao head's up, foi muito bom. Aí o estilo de Moon adaptou-se ao que a situação exigia, apesar de os comentadores não pararem de dizer que ele não tinha experiência em head's up. Quanto ao Joe Cada... talvez tenha sido um bom vencedor da edição deste ano. Teve muita sorte, isso é inquestionável. No entanto gostei da sua abordagem ao jogo quando não estava "apertado" de fichas. Prova disso foi ter desistido de AQ e AJ frente a raises de Moon, o que é incrível - visto que em head's up as mãos ganham muito mais valor, AQ é uma mão muito forte nessa situação, e Moon estava farto de mostrar o seu estilo de jogo. Cada mostrou acima de tudo muita disciplina.
Tornou-se assim o mais novo campeão do mundo de poker, batendo o recorde do ano passado de Peter Eastgate. Pessoalmente, acho que a bracelete foi bem entregue. Ela não podia ter ido era para Moon; cujas tácticas desiquilibradas para controlar a mesa falharam redondamente ao longo de toda a final table.

Por fim, gostaria de salientar o respeito com que os dois jogadores se trataram ao longo de todo o head's up. Foi muito agradável de assistir; principalmente quando Cada vence a bracelete e vê-se rodeado de amigos aos pulos e berros; e faz sinal para parar. Coloca uma cara séria, e vai cumprimentar Moon dizendo: "Jogaste muito bem, estou a ser sincero. Muito bem."

Foi uma boa edição esta de 2009, com uma final table cheia de adrenalina e emoção. Venha a de 2010!

André Leitão

10.11.09

Temos Campeão! - Joe Cada vence as World Series of Poker 2009

Assim como muitos aspirantes a profissionais de poker, Joe Cada percebeu que a universidade não era para ele. Por isso deu o salto para se tornar profissional, e enquanto que muitos desistentes no âmbito escolar enfrentam uma transição dificil; a decisão de deixar os estudos tornou-se a decisão mais lucrativa da ainda curta vida de Cada: pouco tempo depois tornou-se membro dos "9 de Novembro" da World Series of Poker 2009. Tinha apenas em vista o prémio de $8,546,435 e a bracelete de ouro quando o torneio terminou dia 10 de Novembro.
Apesar de passar muito tempo no pano verde a jogar cash games, Cada entrou na sua primeira World Series of Poker em 2009. Fez dois cashs, no evento 13 e 24; sendo que num deles foi eliminado por Grospellier - membro da Team Pro da Poker Stars.
Em segundo lugar, ficou Darvin Moon, que tanto propagou o seu nome pelas listas de chip leaders ao longo de todo o main event.

A mão final foi uma coin flip, com all-in pré-flop de Cada e call de Moon. Cada mostrou contra de Moon. No flop tudo preto, sem nenhum ouro, dama ou valete para Moon. No turn e river o panorama não mudou, e Cada tornou-se o vencedor da World Series of Poker de 2009.

Phil Ivey, o profissional da Full Tilt Poker (depois de um infeliz momento televisivo em que dá fold com a melhor mão - acontece aos melhores) não conseguiu melhor do que o 7º lugar, sendo eliminado numa situação AKvsAQ. Pouca sorte talvez.